quarta-feira, 9 de julho de 2014

#Refletindo

DOR PROFUNDA

Brasil perde de 7X 1 para a Alemanha. Nem nos piores cenários imaginados, poder-se-ia incluir derrota tão acachapante da seleção canarinho. De consolo, pode-se ter certeza de que o pretendido uso político pela presidenta Dilma – de uma possível conquista do Hexa pelo Brasil –, foi por gol a dentro.

Estamos tristes e frustrados com a derrota, sim. Mas, nem por isso, deixamos de ser brasileiros. Gostamos de futebol, mas nosso amor pela pátria vai mais além das quatro linhas que dividem os gramados; mais além do que os estádios iluminados, palcos de grandes jogos desta Copa de 2014; mais além do que o uso indevido dos sonhos do povo para se promover “maracutaias” políticas, superfaturamento de obras e difusão do engano e da ilusão com oferta de “pão e circo”.

Ser brasileiro é mais do que conquistar uma Copa do Mundo de Futebol. É querer erguer a taça da cidadania, da honestidade, do trabalho, da liberdade, da luta pelos valores morais e espirituais, da defesa da família segundo o modelo de Deus, do uso correto do voto como arma para se transformar este país pela força da democracia e não do autoritarismo camuflado que se esconde nos poderes constituídos. 

Por isso, atitudes como as de queimar bandeiras do Brasil como forma de protesto ou mesmo promoção de atos insanos de quebra-quebras e confrontos de rua não podem fazer parte do repertório de quem ama esta nação e a quer liberta de qualquer tipo de servilismo vil; inclusive o do anarquismo levado às consequências mais nefastas. Patriotismo é outra coisa. E tem a ver com civilidade, ordem e controle das emoções em prol da boa convivência.

A derrota numa partida de futebol, como em qualquer outra disputa esportiva, faz parte das probabilidades estatísticas. Não precisava ser assim, por placar tão elástico (é o que o nosso coração torcedor reclama). Este, sim, considerado improvável. Mas, na esfera do improvável entra o que Nelson Rodrigues chamou de “Sobrenatural de Almeida”, que ronda o futebol e que, dessa vez, resolveu conspirar contra nós. 

Fazer o quê? Estamos tristes? Sim. Mas continuamos amando nosso país e não deixaremos de ser quem somos e sonhar com um futuro melhor para nossas crianças e nossos jovens só porque nossa Seleção perdeu uma partida de Copa do Mundo e a chance de ir a uma final para disputar o Hexa. 

Estamos tristes e, alguns até sofrendo mais por conta da forma como se lançaram de corpo e alma a este empreendimento libertador chamado triunfalismo de Copa do Mundo, mas, não podemos perder a sensibilidade e o amor à Pátria como o demonstrou o goleiro Júlio César ao dar a cara a tapa na entrevista do pós-jogo fatídico e ao dizer chorando: “trocaria de novo, mais uma falha minha, que levasse o Brasil à uma derrota de 1 X 0, pelo placar deste jogo”. Ele sabia do peso histórico do que acabara de acontecer. E como fez com humildade o honroso capitão do jogo, David Luiz, o melhor jogador do Brasil nesta Copa, ao sair chorando do gramado, pedindo desculpas insistentes aos torcedores pelo ocorrido. 

A tristeza mais profunda que deve tomar conta da gente é outra. Brasileiros, entristeçam-se pelos desmandos dos políticos (que não sabemos eleger), pela falta de justiça no país, pela insegurança, pelos péssimos serviços públicos de transporte, saúde e educação, dentre outros motivos. Quero terminar estas já longas linhas com a letra de inspirada canção de João Alexandre, que indaga do futuro do país e apresenta a solução já em seu título: PRA CIMA BRASIL!

Como será o futuro do nosso país?
Surge a pergunta no olhar e na alma do povo
Cada vez mais cresce a fome nas ruas, nos morros
Cada vez menos dinheiro pra sobreviver

Onde andará a justiça outrora perdida?
Some a resposta na voz e na vez de quem manda
Homens com tanto poder e nenhum coração
Gente que compra e que vende a moral da nação

Refrão
Brasil! Olha pra cima!
Existe uma chance de ser novamente feliz
Brasil! Há uma esperança!
Volta teus olhos pra Deus
O justo juiz

As soluções para um Brasil melhor passam pela entrega de nossas vidas a Deus. “Feliz é a nação, cujo Deus é o Senhor” (Sl 33.12a).

JOSUÉ EBENÉZER
(Nova Friburgo, 09 de Julho de 2014 – 6h06min).

Foto: DOR PROFUNDA

Brasil perde de 7X 1 para a Alemanha. Nem nos piores cenários imaginados, poder-se-ia incluir derrota tão acachapante da seleção canarinho. De consolo, pode-se ter certeza de que o pretendido uso político pela presidenta Dilma – de uma possível conquista do Hexa pelo Brasil –, foi por gol a dentro.

Estamos tristes e frustrados com a derrota, sim. Mas, nem por isso, deixamos de ser brasileiros. Gostamos de futebol, mas nosso amor pela pátria vai mais além das quatro linhas que dividem os gramados; mais além do que os estádios iluminados, palcos de grandes jogos desta Copa de 2014; mais além do que o uso indevido dos sonhos do povo para se promover “maracutaias” políticas, superfaturamento de obras e difusão do engano e da ilusão com oferta de “pão e circo”.

Ser brasileiro é mais do que conquistar uma Copa do Mundo de Futebol. É querer erguer a taça da cidadania, da honestidade, do trabalho, da liberdade, da luta pelos valores morais e espirituais, da defesa da família segundo o modelo de Deus, do uso correto do voto como arma para se transformar este país pela força da democracia e não do autoritarismo camuflado que se esconde nos poderes constituídos. 

Por isso, atitudes como as de queimar bandeiras do Brasil como forma de protesto ou mesmo promoção de atos insanos de quebra-quebras e confrontos de rua não podem fazer parte do repertório de quem ama esta nação e a quer liberta de qualquer tipo de servilismo vil; inclusive o do anarquismo levado às consequências mais nefastas. Patriotismo é outra coisa.  E tem a ver com civilidade, ordem e controle das emoções em prol da boa convivência.

A derrota numa partida de futebol, como em qualquer outra disputa esportiva, faz parte das probabilidades estatísticas. Não precisava ser assim, por placar tão elástico (é o que o nosso coração torcedor reclama). Este, sim, considerado improvável. Mas, na esfera do improvável entra o que Nelson Rodrigues chamou de “Sobrenatural de Almeida”, que ronda o futebol e que, dessa vez, resolveu conspirar contra nós. 

Fazer o quê? Estamos tristes? Sim. Mas continuamos amando nosso país e não deixaremos de ser quem somos e sonhar com um futuro melhor para nossas crianças e nossos jovens só porque nossa Seleção perdeu uma partida de Copa do Mundo e a chance de ir a uma final para disputar o Hexa. 

Estamos tristes e, alguns até sofrendo mais por conta da forma como se lançaram de corpo e alma a este empreendimento libertador chamado triunfalismo de Copa do Mundo, mas, não podemos perder a sensibilidade e o amor à Pátria como o demonstrou o goleiro Júlio César ao dar a cara a tapa na entrevista do pós-jogo fatídico e ao dizer chorando: “trocaria de novo, mais uma falha minha, que levasse o Brasil à uma derrota de 1 X 0, pelo placar deste jogo”.  Ele sabia do peso histórico do que acabara de acontecer. E como fez com humildade o honroso capitão do jogo, David Luiz, o melhor jogador do Brasil nesta Copa, ao sair chorando do gramado, pedindo desculpas insistentes aos torcedores pelo ocorrido. 

A tristeza mais profunda que deve tomar conta da gente é outra. Brasileiros, entristeçam-se pelos desmandos dos políticos (que não sabemos eleger), pela falta de justiça no país, pela insegurança, pelos péssimos serviços públicos de transporte, saúde e educação, dentre outros motivos. Quero terminar estas já longas linhas com a letra de inspirada canção de João Alexandre, que indaga do futuro do país e apresenta a solução já em seu título: PRA CIMA BRASIL!

Como será o futuro do nosso país?
Surge a pergunta no olhar e na alma do povo
Cada vez mais cresce a fome nas ruas, nos morros
Cada vez menos dinheiro pra sobreviver

Onde andará a justiça outrora perdida?
Some a resposta na voz e na vez de quem manda
Homens com tanto poder e nenhum coração
Gente que compra e que vende a moral da nação

Refrão
Brasil! Olha pra cima!
Existe uma chance de ser novamente feliz
Brasil! Há uma esperança!
Volta teus olhos pra Deus
O justo juiz

As soluções para um Brasil melhor passam pela entrega de nossas vidas a Deus. “Feliz é a nação, cujo Deus é o Senhor” (Sl 33.12a).

JOSUÉ EBENÉZER
(Nova Friburgo, 09 de Julho de 2014 – 6h06min).

quinta-feira, 19 de junho de 2014

O Poeta

O Poeta



Sou um estrangeiro neste mundo.

Sou um estrangeiro, e há na vida do estrangeiro uma solidão pesada e um isolamento doloroso. Sou assim levado a pensar sempre numa pátria encantada que não conheço, e a sonhar com os sortilégios de uma terra longínqua que nunca visitei.

Sou um estrangeiro para minha alma. Quando minha língua fala, meu ouvido estranha-lhe a voz. Quando meu Eu interior ri ou chora, ou se entusiasma, ou treme, meu outro Eu estranha o que ouve e vê, e minha alma interroga minha alma. Mas permaneço desconhecido e oculto, velado pelo nevoeiro, envolto no silêncio.

Sou um estrangeiro para o meu corpo. Todas as vezes que me olho num espelho, vejo no meu rosto algo que minha alma não sente, e percebo nos meus olhos algo que minhas profundezas não reconhecem.

Quando caminho nas ruas da cidade, os meninos me seguem gritando: “Eis o cego, demos-lhe um cajado que o ajude.” Fujo deles. Mas encontro outro grupo de moças que me seguram pelas abas da roupa, dizendo: “É surdo como a pedra. Enchamos seus ouvidos com canções de amor e desejo.” Deixo-as correndo. Depois, encontro um grupo de homens que me cercam, dizendo: “É mudo como um túmulo, vamos endireitar-lhe a língua.” Fujo deles com medo. E encontro um grupo de anciãos que apontam para mim com dedos trêmulos, dizendo: “É um louco que perdeu a razão ao freqüentar as fadas e os feiticeiros.”

Sou um estrangeiro neste mundo.

Sou um estrangeiro e já percorri o mundo do Oriente ao Ocidente sem encontrar minha terra natal, nem quem me conheça ou se lembre de mim.

Acordo pela manhã, e acho-me prisioneiro num antro escuro, freqüentado por cobras e insetos. Se sair à luz, a sombra de meu corpo me segue, e as sombras de minha alma me precedem, levando-me aonde não sei, oferecendo-me coisas de que não preciso, procurando algo que não entendo. E quando chega a noite, volto para a casa e deito-me numa cama feita de plumas de avestruz e de espinhos dos campos.

Idéias estranhas atormentam minha mente, e inclinações diversas, perturbadoras, alegres, dolorosas, agradáveis. À meia-noite, assaltam-me fantasmas de tempos idos. E almas de nações esquecidas me fitam. Interrogo-as, recebendo por toda resposta um sorriso. Quando procuro segura-las, fogem de mim e desvanecem-se como fumaça.

Sou um estrangeiro neste mundo.

Sou um estrangeiro e não há no mundo quem conheça uma única palavra do idioma de minha alma...

Caminho na selva inabitada e vejo os rios correrem e subirem do fundo dos vales ao cume das montanhas. E vejo as árvores desnudas se cobrirem de folhas num só minuto. Depois, suas ramas caem no chão e se transformam em cobras pintalgadas.

E as aves do céu voam, pousam, cantam, gorgeiam e depois param, abrem as asas e viram mulheres nuas, de cabelos soltos e pescoços esticados. E olham para mim com paixão e sorriem com sensualidade. E estendem suas mãos brancas e perfumadas. Mas, de repente, estremecem e somem como nuvens, deixando o eco de risos irônicos.

Sou um estrangeiro neste mundo.

Sou um poeta que põe em prosa o que a vida põe em versos, e em versos o que a vida põe em prosa. Por isto, permanecerei um estrangeiro até que a morte me rapte e me leve para minha pátria.

Gibran Khalil Gibran

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Depois um operário lhe disse: Fala-nos do Trabalho.


 

E ele respondeu, dizendo:
Vós trabalhais para poder manter a paz com a terra e a alma da terra.
 
Pois ser ocioso é tornar-se estranho às estações e ficar afastado da procissão da vida que marcha majestosamente e com orgulhosa submissão em direção ao infinito.
 
Quando trabalhais sois uma flauta através da qual o sussurro das horas se transforma em música.
 
Qual de vós quereria ser uma cana muda e silenciosa, quando tudo o resto canta em uníssono?
 
Sempre vos disseram que o trabalho é uma maldição e o labor um infortúnio.
 
Mas eu digo-vos que quando trabalhais estais a preencher um dos sonhos mais importantes da terra, que vos foi destinado quando esse sonho nasceu, e quando vos ligais ao trabalho estais verdadeiramente a amar a vida, e amar a vida através do trabalho é ter intimidade com o segredo mais secreto da vida.
 
Mas se na dor chamais ao nascimento uma provação e à manutenção da carne uma maldição gravada na vossa fronte, então vos digo que nada, exceto o suor na vossa fronte, apagará aquilo que está escrito.
 
Também vos foi dito que a vida é escuridão, e no vosso cansaço fazeis-vos eco de tudo o que os cansados vos disseram.
 
E eu digo que a vida é mesmo escuridão excepto quando existe necessidade, e toda a necessidade é cega exceto quando existe sabedoria.
 
E toda a sabedoria é vã exceto quando existe trabalho, e todo o trabalho é vazio exceto se houver amor; e quando trabalhais com amor estais a ligar-vos a vós mesmos, e uns aos outros, e a Deus.
 
E o que é trabalhar com amor?
 
É tecer o pano com fios arrancados do vosso coração, como se os vossos bem amados fossem usar esse pano.
 
É construir uma casa com afeto, como se os vossos bem amados fossem viver nessa casa.
 
É semear sementes com ternura e fazer a colheita com alegria, como se os vossos bem amados fossem comer a fruta.
 
É dar a todas as coisas um sopro do vosso espírito, e saber que todos os abençoados defuntos estão à vossa volta a observar-vos.
 
Muitas vezes vos ouvi dizer, como se estivésseis a falar durante o sono, "Aquele que trabalha o mármore e encontra na pedra a forma da sua própria alma é mais nobre do que aquele que trabalha a terra.
 
E aquele que agarra o arco-íris para o colocar numa tela à semelhança do homem, é mais do que aquele que faz as sandálias para os nossos pés."
 
Mas eu digo, não no sono, mas no despertar, que o vento não fala mais documente com o carvalho gigante do que com a mais ínfima erva; e é grande aquele que, sozinho, transforma a voz do vento numa canção tornada doce pelo seu amor.
 
O trabalho é o amor tornado visível.
 
E se não sabeis trabalhar com amor mas com desagrado, é melhor deixardes o trabalho e sentar-vos à porta do templo a pedir esmola àqueles que trabalham com alegria.
 
Pois se fizerdes o pão com indiferença, estareis a fazer um pão tão amargo que só saciará metade da fome.
 
E se esmagardes as uvas de má vontade, essa má vontade contaminará o vinho com veneno.
 
E se cantardes como anjos mas não apreciardes os cânticos, estareis a ensurdecedor os ouvidos do homem às vozes do dia e às vozes da noite.
 
 
 
                                    Walter Monteiro


Do livro “O Profeta”   (sem indicação de tradutor)

Créditos:

http://www.clube-positivo.com/biblioteca/pdf/profeta.pdf



domingo, 27 de abril de 2014

PASTOR, QUE HOMEM É ESSE?

PASTOR, QUE HOMEM É ESSE?
* Pr. Jair Souza Leal.
            O pastor é um soldado em combate. Ele vive cercado de inimigos por todos os lados; inimigos gigantes.
            Cercado por dentro. Ele tem de lutar contra os próprios medos; os próprios pecados; as próprias fraquezas, desejos e angústias. Tem de lutar contra a solidão (a qual sua posição muitas vezes o leva). Tem de lutar contra a própria insensatez, impaciência e incompetência. Tem de lutar contra as necessidades materiais, conjugais e familiares.
            Cercado a esquerda. Ele tem de lutar contra as vãs filosofias e sutilezas malignas que adentram o rebanho para dispersar as ovelhas, confundir, corromper e distorcer a verdade, à qual têm por missão defender. Ele tem de lutar contra os falsos ensinos, que mantêm prisioneiras do engano  as pessoas que precisa alcançar.
            Cercado a direita. Ele tem de lutar contra a ingratidão do povo, a incompreensão e a crítica (característica comum daqueles por quem está dando o sangue).
            Cercado por trás. Ele tem de se defender dos companheiros que, apesar de estarem na mesma frente de batalha, atacam-lhe pelas costas como se inimigos fossem.
            Cercado na frente. Ele tem de lutar contra os prazeres que o mundo oferece para seduzir as pessoas, pois a sua missão é cuidar, defender, resgatá-las. Tem de enfrentar ainda a indiferença, a apatia e a falta de entusiasmo dessas pessoas para com as coisas de Deus; tentando motivá-las.
            Cercado por baixo. Ele tem de lutar contra o diabo e as suas hostes malignas, que fazem oposição a Deus e à sua obra; a qual foi ele constituído fiel depositário.
            Como se não bastasse à luta, esse homem é cobrado por Deus, pela sociedade, pela sua denominação, pelo seu rebanho, pelos colegas de ministério, pela família e até por si próprio.
            Este homem não pode esperar recompensas enquanto batalha. Ele sabe que só será recompensado após o fim da guerra, quando encontrar-se pessoalmente com o seu General. Quem pode suportar tamanha luta tamanhos inimigos e tamanha pressão? Quem é suficiente para essa batalha? Eclesiastes 9.10 diz: "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças...". Mas esse homem sabe que a missão que lhe foi confiada por Deus está muito além das suas forças. Ele tem consciência que, como Davi, sozinho, jamais poderá vencer o gigante que amedronta todo o exército; só poderá vencer se for pela força do Senhor!  Então, o pastor é um soldado valente, porém, fraco. Ele está cônscio das próprias limitações; mais do que qualquer outra pessoa. Mas, como Paulo, o apóstolo, sabe que o poder de Deus se manifesta e se aperfeiçoa na sua fraqueza. (II Coríntios 12.9)  Por isso, toda a sua força é extraída exclusivamente da graça que há em Cristo. Apegado a essa graça ele sofre todas as aflições, como bom soldado, na certeza de que um dia triunfará, marchando vitorioso ao lado do seu General!

 pastor da Igreja Batista Memorial Unida em Contagem/MG, bacharel em Teologia livre, docente em Teologia/Proveito pela FBMG, mestrando em Ciências da Religião pela PUC/MG, escritor, advogado. Contatos: jairsouzaleal@hotmail.com

quarta-feira, 5 de março de 2014

Eu e Eu Mesmo



Sobre mim, tenho muitas coisas a dizer, mas isso só quando for escrever um livro de autobiografia o que acho improvável, pois não tenho vocação para celebridade e tão pouco tenho a pretensão de ser merecedor de tal feito. Mas, posso adiantar que sou um apaixonado por coisas bem feitas. Admiro os que conseguem se superar naquilo que se propõe a fazer.
Gosto de ver pessoas conquistando seus sonhos, dando a volta por cima, se desvencilhando de suas limitações caindo e se levantando. Tenho pavor de invejosos e pessoas incapazes de lutar e que culpam os outros por suas mazelas. Não gosto de derrotados que aceitam a derrota e não tenta de novo. Fico longe de pessoas que buscam coisas fáceis, aproveitadores que não gostam de trabalhar e não se empenham em realizar coisas por seus próprios esforços.  Sou bastante emotivo e não tenho vergonha de chorar, contudo gosto de ver a vida com otimismo utilizando as lágrimas como combustível para lutar e vencer seja lá o que for. Sei que temos nossos momentos de fraqueza, pois somos humanos, mas a questão é o que fazemos com ela. Também cometemos erros, porém devemos saber como administrá-los e tirar proveito das lições que eles nos proporcionam.
Quando decidi deixar o corpo de Fuzileiros Navais para estudar teologia e me tornar um pastor creio que foi também pela forte influência familiar no que se refere à paixão por livros e pela busca por conhecimento, mas o que pesou mesmo e em primeiro lugar foi a vocação Divina plantada em meu coração para ajudar pessoas a encontrar  paz em Deus, saber enfrentar a vida e encontrar respostas para suas questões religiosas e humanas.
A teologia é fascinante. Em todos os tempos teólogos modernos e pós-modernos, filósofos, historiadores, teólogos fundamentalistas e outros pesquisadores mantiveram um grande embate sobre a questão se a teologia seria ou não uma ciência. Eu particularmente a tenho como ciência o que discutiremos em outra ocasião.
A paixão pela teologia talvez seja o que mais me define. Gosto de todos os teólogos       mesmo os mais polêmicos como Paul Johannes Oskar Tillich que foi um teólogo alemão-estadounidense, um filósofo cristão. Tillich foi contemporâneo de Karl Barth, um dos mais influentes teólogos protestantes do século XX. E também Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher foi pregador em Berlim na Igreja da Trindade e professor de Filosofia e Teologia em Halle an der Saale. Traduziu as obras de Platão para o alemão.
A teologia nos permite entrar no campo de varias ciências ampliando os horizontes do conhecimento, isso me fascina, pois gosto de buscar entendimento sobre o comportamento humano e seu relacionamento com Deus, com o seu semelhante, com os animais e consigo mesmo.
Quero convidá-lo para um café, uma boa conversa e para vários debates sobre Deus, a vida e a humanidade. Este blog e para compartilharmos o saber, trocar ideias, sugerir livros e leituras, socializar o conhecimento e encontrarmos tesouros em todos os campos seja da filosofia, psicologia, história e outros. O mundo é uma estrada feita para todos correrem ou simplesmente caminhar o importante é chegar ao destino e a pesquisa facilita muito.


Abraços!

Walter
Ideias, ideais e o sentido da vida


Somos humanos, lemos, ouvimos, aprendemos e aplicamos em nosso dia-a-dia tudo que se passa em nossos pensamentos. Um interessante estimulante de nossas ações são nossas ideias. Para Descartes, “Ideia é a forma de cada um de nossos pensamentos, por meio de cuja percepção imediata nós temos consciência desses mesmos pensamentos”. Em outras palavras podemos entender que as ideias surgem em meio aos nossos pensamentos Assim, temos ideias de tudo que está em nosso intelecto, inclusive das nossas próprias operações mentais, afecções ou vontades.
Quando pensei em montar um blog quis algo pratico, que me ajudasse a desenvolver melhor os meus pensamentos e aprimorar minhas ideias criativas sobre tudo na vida. Talvez por medo do tédio ou para me proteger de tantas frases feitas nas redes sociais ou ainda para obter melhores resultados nas escolhas e decisões corriqueiras efetivamente. É fato que precisamos de ideias novas a cada instante. Acredito que as ideias são como esteio para vida e para os ideais. As Ideias inatas, que são ideias que, nascidas conosco, são como que a marca do criador no ser criado à sua imagem e semelhança precisam ser desenvolvidas e confrontadas com outras para fortalecê-las. Nascemos trazendo em nossa inteligência não só os princípios racionais, mas também algumas ideias verdadeiras, que por isso, são ideias inatas. Segundo Leibniz elas são ideias sem uma experiência exterior, mas que o sujeito possui dentro de si. E ainda para Descartes são princípios gerados pelo pensamento mesmo sem alguma concorrência experimental. São ideias "universais" que possuímos sobre certas coisas sem um aprendizado direcionado, mas que intuímos o que se pode chamar pre-compreensão ou presciência.
            Estas ideias inatas, claras e distintas, não são inventadas por nós, mas produzidas pelo entendimento sem recurso à experiência. Elas subsistem no nosso ser, em algum lugar profundo da nossa mente, e somos nós que temos liberdade de pensá-las ou não. Acredito que muitos casos de tédio profundo ou, me arrisco a dizer, a própria depressão, são frutos da falta de ideias trabalhadas, repensadas e aplicadas na vida, o que causa o desvio e perda de ideais e de forma mais profunda a visualização do sentido da vida.
Em última análise o ser humano precisa de ideias para objetivar os ideais e entender o sentido de sua própria vida, dando rumo aos seus planos e sonhos. As ideias inatas também representam as essências verdadeiras, imutáveis e eternas, razão pela qual servem de fundamento a todo o saber científico. São ideias verdadeiras, ou seja, são inteiramente racionais e só podem existir porque já nascemos com elas. Mas, repito, elas não devem ficar sem uma boa autocrítica e sem comparação com outros tipos de ideias que criamos a partir de nossos pensamentos. Por isso os livros e as leituras em geral, sejam jornais, revistas ou qualquer periódico interessante.
Enquanto tomo um café quentinho e leio um bom livro deixo minhas ideias aflorarem sejam elas inatas ou criadas por pensamentos, frutos da visão e observação de fatos diários. Afinal qual o sentido da vida? Mesmo sendo esta uma pergunta complexa, precisamos ao menos compreendê-la sem necessariamente respondê-la. O que importa de verdade é não permitirmos que as ideias congelem ou estacionem na estrada das incertezas impedidas de voarem em busca de seus ideais.
Um forte abraço!
Walter Monteiro


terça-feira, 4 de março de 2014

Ed René Kivitz

Ed René Kivitz é teólogo, escritor e pastor. Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo. Seu livro Vivendo com propósitos, está na terceira edição, com mais de 30.000 cópias vendidas. Desde 1989 desenvolve seu ministério pastoral na Igreja Batista de água Branca, em São Paulo, Capital. Publicou também pela editora Mundo Cristão o livro Outra espiritualidade, já em sua 2ª edição. É casado com Silvia Regina, com quem tem dois filhos, Vitor e Fernanda.



A ação não surge do pensamento, mas de uma disposição para assumir responsabilidades.
                          Dietrich Bonhoeffer




"O teste de moralidade de uma sociedade, é o que ela faz com suas crianças."

                 Dietrich Bonhoeffer







Friedrich Schleiermacher




Schleiermacher é considerado o pai da hemenêutica moderna, para ele a tarefa da hermenêutica era “entender o discurso também como o autor, e depois melhor que ele”. Ele intentou apresentar uma teoria coerente sobre o processo de interpretação dos textos, apresentou a teoria da comunicação entre um emissor e um receptor, baseado em um contexto social e linguístico comum. Adicionou à teoria tradicional da interpretação uma dimensão psicológica.